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Esse texto não é sobre a culpa
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Esse texto não é sobre a culpa

Esse texto é sobre se relacionar com ela…

Chegueiiiii finlayyy!!

Vocês não têm ideia de quanto tempo levou para eu abrir essa página e começar a escrever! Meio que mais de um ano…quase dois…para ser bem sincera!

E isso poderia facilmente me levar para um mergulho no tanque da culpa. Sim, sempre quando eu penso na culpa que não me deixa seguir em frente, e penso nela como um tanque bem fundo. Imagino como se fossem aqueles toneis de grãos gigantes que a gente às vezes, vê na estrada…só que eles estão cheios das águas da culpa!

Bom, você já deve estar se perguntando “nossa, que imagem estranha”, e estoy aqui para te explicar tudooo, é o seguinte: eu imagino a CULPA como esses tanques gigantes e cheios de água, pois se a gente mergulhasse neles, seria mais muito difícil sair!

Imagina a cena…. você faz algo que te deixa bem culpado, imediatamente, é como se um tanque gigante aparecesse na sua frente, e você que considera que não existem outras opções, vai lá e dá uma bombaaa!!!

Afinal de contas, já que é para pular, que seja do jeito mais intenso, só que quando você cai nas águas da culpa, você já dá aquela barrigada que fica bem dolorida e latejante e ai, você percebe que tem que ficar nadando de um lado para o outro, buscando um lugar para se apoiar, para não se afogar, para respirar, e com isso, você vai drenando a sua energia, perdendo o fôlego, e tendo a total impressão que não tem como sair dali, então, é só se entregar mesmo…

Aí você se sente um lixo, impotente, fraca, sem força de vontade, sem disciplina, uma perdedora, uma incongruente, que não tem palavra, que não consegue fazer nada direito, que nunca termina o que começa….e todo um papinho de merda que começa a brotar e ficar na sua mente….vira quase um mantra!

Quando eu mergulho no tanque da culpa eu não saio do lugar, eu fico ali, presa aquela história, no rec repete (se você é muito jovem procure isso no google) da vida!!! Fico ali presa no tanque profundo da culpa eu não saio do lugar, eu não consigo seguir adiante, eu me machuco, eu gasto energia demais….

Quem nunca?

Muito embora eu falei sobre o tanque da culpa esse texto não é necessariamente sobre ele! Hoje eu quero te convidar para olhar para algumas coisas que você talvez esteja se sentindo culpada.

Me inspirei para escrever esse texto porque eu estava falando com uma amiga muito querida e ela me contou que tinha conhecido o Ho’oponopono (se você não conhece, sugiro fortemente que você vá conhecer, e se eu puder te indicar uma pessoa para ser sua mestra nisso, ela se chama Regina Tavares) e que ela estava fazendo e que era muito bom para ela.

Até esse momento da conversa eu estava pensando “UAU fantástico”, já que ela arranjou uma ferramenta incrível que tem a ajudado muito para se conectar consigo mesma, mas o audio continuou assim: “ai Gab, eu tenho adorado fazer o Ho’oponopono, mas tem muitos dias que eu não faço, são dias tão frenéticos, que eu acabo me perdendo neles e não faço, então faço dois dias paro três, ai depois faço mais in, sei la, não consigo fazer direitinho”.

E ai…vem um alertaaa, como sirenes bem altas tocando, para a possibilidade dela estar, quase que diariamente, dando um mortal escarpado no tanque da culpaaaaaa! Você consegue perceber?

Na teoria o Ho’oponopono seria a ferramenta ideal para dias frenéticos e tensos, mas ela se perde neles, não faz os exercícios e ainda se sente culpada por conta disso!! Se sente indisciplinada e uma perdedora, que não consegue nem fazer algo simples e que é ótimo para ela! A dureza aqui é que quanto mais ela se sente assim, mais profundamente ela está nadando no tanque da culpa, e assim, vai precisar de mais energia para sair de lá!

Até que em algum momento ela simplesmente prefira nem mais cogitar falar em Ho’oponopono, já que essa atividade ficou ficou associada com sentimentos tão ruins de serem sentidos! Quem nunca parou de fazer algo que adorava fazer, de repente, e passado alguns anos quando você pensa naquilo, você não tem ideia do porque parou, já que você gostava tanto?

Nossa, quando eu penso nessa história eu me vejo em tantos pontos da minha vida, e assim como eu comecei esse texto, por exemplo, a culpa que eu estava sentido de não escrever aqui…

E se você totalmente se identificou com essa história também, EU SEI que sim, talvez para outros aspectos, eu quero te contar que a culpa pode ser a sua aliada para fazer diferente!!

A culpa simplesmente não vai sumir das nossas vidas, muitas escolhas que fazemos, muitos nãos que damos para pessoas que amamos, muitas novas atitudes vão nos deixar culpadas! Reconhecer isso é muito importante, sabe, falar não para o meu pai, muitas vezes me deixa culpada, vem um gosto amargo na boca, uma sensação ruim, e nesse momento eu tenho duas opções: aceitar que isso é reflexo de uma escolha consciente que eu estou fazendo por mim, ou mergulhar no tanque da culpa.

Quando eu escolho a primeira opção eu me autoresponsabilizo pelas minhas ações, me conecto com aquilo que é mais importante para mim no momento, sinto o gosto amargo dessa escolha, ou seja, a culpa que ela traz, mas SIGO EM FRENTE.

Já na segunda opção, eu mergulhada no tanque, me sinto mal, vou além do amargo da boca, e integro essas sensações de maneira mais profunda no meu ser. Eu fico presa naquela história, o que me IMPEDE DE SAIR DO LUGAR.

Voltando para a história da minha amiga, eu falei para ela que, muitas vezes, a gente não dá conta mesmo, e quando a gente admite isso de uma maneira responsável e sentindo o amargor disso, bem como o tamanho real da situação, a gente tem mais chances de fazer diferente amanhã com muito mais leveza!

Bora encarar a vida de frente!! Sem chororô…

BOM, esse é meu primeiro texto que eu vou celebrar a publicação com um café bem quentinho, pois hoje aqui tá um frio do Alasca!!!

Com amor, leveza e alegria